Teste: BMW M5 F10 - Car And Driver

Sessão destinada a Serie M

Teste: BMW M5 F10 - Car And Driver

Mensagempor Rodrigo C. » 10 Dez 2012, 16:46

Link do test: http://caranddriverbrasil.uol.com.br/ca ... marca/3778

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Meu cérebro está inundado de serotonina, um neurotransmissor que dá sensação de prazer ao corpo. O humor melhora, qualquer coisa é motivo de risada. A natureza está mais verde, o BMW M5 está mais azul e o mundo todo parece um lugar mais bonito. Minha felicidade foi quimicamente provocada pelo punhado de confeitos de chocolate M&M que acabo de engolir. Essas pastilhas coloridas foram diabolicamente criadas para que ninguém consiga comer uma só.

Aqui na C/D temos um vício similar por outros Ms. Os esportivos da divisão Motorsport da BMW há 40 anos descarregam níveis altos de serotonina em nossas cacholas. Desde 1985, o estimulante mais forte da família é o M5. Agora, o sedã esportivo chega à quinta geração com novo motor V8 4.4 Biturbo de 560 cv e câmbio de dupla embreagem. Este M parece ter todas as credenciais para causar uma overdose de alegria e nós fomos conferir.
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Novos ingredientes
A receita do M5 é clássica: motor forte na dianteira, potência despejada nas rodas traseiras e interior luxuoso. Porém, a BMW usa um cacau diferente no preparo. Pela primeira vez há um motor turbo na M5. É o mesmo conjunto do X5 M e X6 M, com alguns ajustes. O par de turbos foi feito especialmente para o sedã e sopra até 1,5 bar cada um. Eles estão montados entre as bancadas de cilindros, o que ameniza a perda de pressão dos gases do escape.

A distância entre as câmaras de combustão e o catalisador é mais curta, fazendo com que ele chegue à temperatura ideal rapidamente. A BMW ainda providenciou sistema start/stop para melhorar o consumo. Segundo a fábrica, o novo M5 é 30% mais econômico que a geração anterior com motor V10, mesmo gerando 10% mais potência.

Para jogar essa força no eixo traseiro, a BMW também usou um tempero inédito no M5: câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas. Ainda há um sistema eletrônico que auxilia o câmbio em manobras em baixa velocidade, para o sedã não dar solavancos quando se estaciona, por exemplo.
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E como é o M5 ao volante? Depende. Vamos às explicações. Você pode escolher entre três mapeamentos diferentes para força do motor, rigidez da direção, giro para trocas de marcha, controle de estabilidade e maciez da suspensão. Sem contar as trocas manuais pelas borboletas atrás do volante, outra opção. Dá para fazer a combinação que você quiser. A dica é montar uma configuração esportiva e outra bem confortável. Aí basta salvá-las nos botões do volante M1 e M2, respectivamente. Pronto: com um clique, o M5 muda de personalidade mais rápido que político que vai para o segundo turno na eleição.

Então, respondendo à pergunta, o BMW na configuração mais confortável não vai chacoalhar com cada ondulação do asfalto. Cada marcha vai entrar serena e a direção será leve. Se você afundar o pé direito, ele vai sair rápido como uma bala, mas não vai parecer um lançamento de ônibus espacial. Tudo será feito com elegância, discretamente. Você poderá aproveitar o som de alta fidelidade e as pessoas no banco de trás podem curtir um filme. Câmeras em volta do carro vão ajudar nas manobras e a visão noturna sensível ao calor vai alertar se há pessoas e animais na escuridão da rodovia. Será um sedã de luxo alemão com potência de sobra.
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Pimenta dublada
Agora, na configuração mais esportiva, a expectativa é que o M5 seja um chocolate com pimenta. O câmbio está em manual e o motor no mapeamento mais bravo. Cada troca de marcha é um soco nas costelas. O diferencial de deslizamento limitado gerencia a força para cada roda em todas as situações. A eletrônica do diferencial verifica os parâmetros para atenuar o subesterço em curvas de alta velocidade. Os amortecedores com rigidez máxima equilibram a carroceria e ajudam o eixo traseiro a administrar os 560 cv. Os números de teste mostram 0 a 100 km/h em 4,5 s, tempo digno de superesportivo.
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É rápido, mas o M5 perdeu tempero importante: o som. O motor V10 gritante deu lugar ao V8 biturbo dublado. Isso mesmo, o V8 do M5 usa playback. O sistema de som do BMW “encorpa” o ronco do V8. Não soa artificial, mas você sabe que parte da sinfonia é falsa, e nunca vai tirar isso da cabeça.

No meio deste emaranhado de combinações existe o M5 perfeito. No entanto, o cérebro humano parece se viciar em coisas simples, como confeito de chocolate. Falta personalidade dinâmica ao alemão, além de um interior que remeta à pimenta nas entranhas. O M5 é veloz, luxuoso, moderno, mas não injetou serotonina em meu cérebro.

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