BMW 328i - Quatro Rodas

Sessão destinada a Série 3

BMW 328i - Quatro Rodas

Mensagempor Rodrigo C. » 18 Nov 2012, 12:56

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A menos que seja um maníaco por BMW ou tenha como passatempo preferido identificar diferentes versões de um mesmo modelo observando os detalhes, dificilmente alguém conseguirá reconhecer a nova geração do BMW Série 3 examinando a lateral ou a traseira. Desses pontos de vista, a impressão é de que o Série 3 não mudou. Na lateral, há um ressalto na base das portas e a saia ficou lisa. Na traseira, as lanternas são ligeiramente menores, enquanto os para-choques ganharam luzes auxiliares. Mas você conseguiu reparar?

Essa discrição tem a ver com a preocupação das fábricas em manter características que reconhecidamente agradam ao público, principalmente quando se trata de compradores conservadores como são os dos sedãs de luxo. Felizmente, esse cuidado não se aplica a todo o projeto. O Série 3 mudou na dianteira (com faróis que se esticam até a grade central), no interior (com os novos painel e bancos) e evoluiu bastante tecnicamente.

A carroceria cresceu 9,3 cm na distância entre os eixos, o que favoreceu o espaço interno, principalmente para os ocupantes do banco traseiro. A transmissão agora tem oito marchas, para aproveitar melhor a força do motor. E sua gama de motores merece um parágrafo à parte.

No Brasil, haverá três opções: duas 2.0 de quatro cilindros, com potências de 184 e 245 cv, e uma 3.0 de seis cilindros, com 306 cv. A versão avaliada nesta edição é a intermediária de 245 cv. Apesar do deslocamento reduzido, esse motor gera mais potência que o antecessor 3.0 de seis cilindros que equipava a versão 325i, com 218 cv. Seus projetistas compensaram o menor deslocamento com a aplicação de tecnologias como injeção direta e turbo twin-scroll - com coletores independentes para cada par de cilindros, que favorece o funcionamento em baixas rotações -, além de comando de válvulas e coletores variáveis.

O 328i demonstrou essa evolução técnica com um rendimento surpreendente na pista de testes. Nas provas de aceleração, ele fez de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos. Nas medições de consumo, por sua vez, obteve as médias de 10,4 km/l no ciclo urbano e 16,2 no rodoviário. Como comparação, um sedã como o Hyundai Sonata, 2.4 16V aspirado, acelerou em 10,1 segundos e ficou com as médias de 8,2 e 11,8 km/l, respectivamente.

Para conseguir esse desempenho, o motor do BMW contou com a ajuda de um dispositivo eletrônico que também é novidade na Série 3.Trata- se do Driving Experience, um sistema que permite ao motorista ajustar o comportamento do carro de acordo com a situação de uso ou com suas preferências pessoais. São três modos possíveis: Eco Pro, Comfort e Sport, que alteram as respostas do acelerador, do motor, da direção, do câmbio, dos amortecedores e do controle eletrônico de estabilidade. Nas provas de aceleração e retomadas, optamos pelo modo Sport. Quando fomos medir o consumo, selecionamos a opção Eco Pro.

No que diz respeito ao comportamento da direção e da suspensão, o modo Sport é muito mais divertido e identificado com o que estamos acostumados a sentir ao volante de um Série 3, ou seja; um sedã com alma esportiva. No Comfort, o 328i roda com suavidade, o que pode ser agradável em algumas horas. Mas, numa tocada mais calorosa, essa calibragem deixa a carroceria oscilar ao sabor dos estímulos do piso e do volante, o que chega a comprometer a dirigibilidade. De qualquer modo, ponto para a BMW, que se superou ao reunir em um mesmo carro características antagônicas como esportividade e conforto, em doses maciças.

A fábrica também adequou o acabamento do carro ao gosto dos clientes. Para o mercado europeu, existem três estilos: Sport, Luxury e Modern. E para o Brasil, além desses pacotes, há outras duas versões: básica (mostrada aqui) e Plus. A diferença entre as três primeiras está em detalhes. Na Sport, há aletas pretas e revestimento de alumínio escovado. A Luxury exibe frisos cromados e painel de nogueira. E a Modern reúne alumínio acetinado com madeira clara. As "nacionais" básica e Plus se identificam mais com a Sport, mas com menos ornamentos. Toda a linha é bem equipada. A 328i, que custa 171 400 reais, traz câmera de ré, piloto automático adaptativo, bancos de couro, seis air-bags, faróis bixenônio, teto solar e rodas de liga leve de 17 polegadas. A top 335i Sport, por 294 950 reais, tem faróis direcionais, head-up display, internet, controle eletrônico de estabilidade com 18 funções e dispositivo de abertura de porta-malas (basta aproximar o pé de um sensor localizado sob o para-choque). A nova geração do Série 3 terá nove versões no Brasil, enquanto na anterior havia apenas três. Se você gosta de testar seus conhecimentos automobilísticos quando vê um carro na rua, eis aqui um bom desafio.


EVOLUÇÃO EM SÉRIE

O Série 3 é o BMW mais vendido de todos os tempos. Desde sua estreia, em 1975, até hoje, a fábrica comercializou mais de 12 milhões de unidades em 130 países.

1962
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Tudo começou com o modelo 02 (acima), um sedã compacto de grande sucesso em sua época.

1975
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O projeto do novo carro se revelou tão evoluído que a fábrica decidiu mudar o nome para Série 3.

1982
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Apresentou as versões sedã de quatro portas, perua, conversível e esportiva M (foto).

1990
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Seu design ousado, elegante e bonito fez escola. Ganhou versões cupê e hatch.

1998
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Foi o terceiro em vendas na Alemanha, considerando todos os segmentos do mercado.

2005
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Recebeu motores mais eficientes, com novos materiais, injeção direta e turbo.


OS RIVAIS

Mercedes C 250 Turbo
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Equipado com motor de quatro cilindros 1.8 de 204 cv e câmbio de sete marchas, este custa 205900 reais.

Audi A4
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Por 183 500 reais, o A4 tem motor 2.0 TFSi de 211 cv, câmbio automático de sete marchas e tração integral.

VEREDICTO

Como o visual sugere, o Série 3 ficou mais refinado tanto em estilo e acabamento como tecnicamente. O motor perdeu dois cilindros, mas mostrou rendimento superior. O cliente tradicional só pode reclamar do ronco, menos encorpado. Nada mais.
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Re: BMW 328i - Quatro Rodas

Mensagempor Barcellos » 20 Nov 2012, 20:44

Espetacular, gostei demais da nova geração, com a exceção de um ponto.

Pode soar meio (muito) purista, mas um motor 6 cilindros faz aquela falta pra mim. Bate aquela nostalgia da E46 por exemplo, na qual a versão 320i vinha com um 6 cilindros 2.2, veja só que paraíso!

Não quero de forma alguma desmerecer esse N20, que se não for o melhor 2.0 da atualidade, está no Top 5, já que entrega tudo o que se tem de ponta hoje em dia, mas, para mim, o que se espera de um bávaro é tração traseira e mais de 4 cilindros.

A Mercedes vem perdendo a essência já há mais tempo, abandonando os seis-em-linha e adotando a tração dianteira, além de popularizar os quatro-em-linha nessa nata alemã e o meu grande medo é a BMW seguir estes passos. Já está substituindo os seis-em-linha por quatro-em-linha, quado virão tração dianteira e motores V6? Tudo bem que downsizing é a vanguarda dos motores e exaltar um seis-em-linha substituido por um menor, com menos cilindros e mais eficiente é um excesso de nostalgia, mas aquele sonho de veículo alemão, seis-em-linha e tração traseira com uma boa dose de luxo e conforto está ficando cada vez mais distante.

Na ocasião de lançamento da nova Série 1, liguei na Euroville para saber detalhes como preço, pacote de equipamentos, esse tipo de coisa. Nessa conversa eu senti falta do teto solar no pacote Sport, que era o que eu tinha mais gostado, então perguntei qual a próxima opção com teto. Quando a moça disse que era cerca de 150 (não lembro direitinho agora), logo lembrei da Série 3 que seria mais racional nessa faixa de preço e ao indagá-la sobre a nova geração, tive a feliz resposta de que ''daqui umas duas semanas já chega pra gente, mas só a 328i, na faixa dos 170''. Bom, na hora pensei que aquele era ''o meu número''. Já até tinha bolado o que eu ia fazer pra comprar. Como tenho dois carros, pensei cá comigo, vendo os dois, dou um pouco no dinheiro, financio o resto e pronto, estou com um puta carrão na mão. Qual não foi minha decepção ao fazer uma pesquisa posterior e descobrir que o tal ''28i'' era um 2.0 quatro-cilindros... Claro que isto não é uma coisa que mata um carro, mas pra ser sonho tem que ser completo.

Por isso que eu acho que o sonho da ''BM'' seizona de tração traseira está burocratizado, visto que o primeiro degrau em termos de F30 beira os 300, quantia esta que já não está nem de longe na minha realidade. Mas aí já estamos tratando de um mostro, um canhão, um mutante, faltam-me palavras para descrever a 335i. Mais de 300 cavalos e 40 kgfm, curvas planinhas, um consumo de dar inveja muita gente... Sem palavras... Eu só queria saber onde se escondem os R$100.000, se é ''só'' no motor mesmo.

Fora o motor, o carro é perfeito, sem comentários. Se a E90 já era lnda, a F30 então dispensa qualquer resenha. O desenho está muito mais agressivo e bonito, a aerodinâmica está melhor, ela está mais leve e ao que tudo indica ela está ainda mais gostosa de guiar. Isso sem falar no câmbio automático de 8 marchas que seca qualquer choro quanto a falta de um automatizado de dupla embreagem, é simplesmente a última palavra em automáticos. Estou realmente muito curioso para dirigir a nova Série 3.

Outros dois que me decepcionaram foram a X1, que trocou o seu já ótimo N52 pelo N20, que apesar de curvas melhores (que já se mostravam espetaculares no N52, principalmente se levarmos em consideração se tratar de um motor naturalmente aspirado) e com um torque a mais (tudo bem, justiça seja feita, torque é prazer) perdeu dois cilindros e um pouquinho de potência. Estava bom do jeito que era. Agora, X1 no Brasil só com o ''quatrão'', e quem ganha com isso é quem opta pela 20i, que vem com o mesmo motor da 28i, é só mexer na ECU e voilà, seu carro pode ficar até mais potente do que uma 28i.

... A X1 e a nova M5. Se tinha uma coisa que eu idolatrava naquele carro era o S85. Um V10 oriundo da F1 no seu carro, veja bem que ''frase de efeito''! Novamente peco pelo excesso de ceticismo, visto que esse V8 biturbo é explêndido, mas bem que podia ser aquele mesmo motor dos velhos tempos com um ''tapa''. E nesse barco vai junto a M6.

Mas se por um lado perdemos, pelo outro ganhamos, visto a enorme possibilidade de termos novamente uma M3 seis-em-linha, aí vai matar a pau! Aguardo ansiosamente. Não esqueço daquela E36 amarelinha que eu via perto de casa logo que lançou, que carro era aquele! Sonho com um daqueles na minha garagem até hoje... Aí veio a CSL e quebrou com tudo, outro carro sem precedentes e agora a variante M da F30 tem uma grande responsabilidade nas costas: a de fazer jus a família M3.

Dúvida pontual: tem como desligar a ''ajuda eletrônica'' dela ou é como no Jetta TSI, por exemplo, no qual não há como desligar?

Abraços a todos.
Barcellos
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